Os gatos não têm vertigens

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Os gatos não têm vertigens, uma história que irá ficar por um bom tempo a pairar na minha cabeça. Uma história que mexe com muita coisa. A principal delas, a realidade, uma realidade que preferimos não ver mas que nos é dada a conhecer de uma forma completamente crua. No início talvez isso me tenha feito pensar que o filme não estava de acordo com as minhas expectativas.Realmente não estava, porque conseguiu ser bem mais do que aquilo que estava à espera.
A história gira principalmente à volta de Jó e Rosa. Ele um jovem de 18 anos desencantado com a vida, criado sem amor numa família disfuncional. Ela uma senhora de 73 anos incapaz de superar o morte recente do marido. Encontram-se, porque Jó depois de uma discussão com o seu pai, sai de casa e acaba a passar a noite no telhado de Rosa, que depressa lhe dá abrigo em sua casa. O mais interessante é a forma como esta amizade cresce e como cada um deles consegue ultrapassar os seus medos e problemas com a ajuda do outro.
Uma lição de vida (como já ouvi cá por casa) que me fez chorar (coisa que não é muito difícil, mas garanto que não chorei metade daquilo me apetecia) e, sobretudo, refletir. A vida é realmente curta  (hoje estamos, mas amanhã podemos não estar) de facto, aquilo que levamos nunca é o que temos, é sempre o que somos, o que fizemos e as pessoas sem as quais não somos ninguém.






" Vivo num inferno, mas descobri que o inferno tem uma vista fantástica sobre Lisboa" Jó





Feliz 2016 (que nunca é tarde!)

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